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Com
o pulsar da Terra na energia dos corpos, Stravinsky acorda na nossa
memória. E tantos outros, tantas músicas. Flores sonívoras, pássaros
que falam, águas rumorosas. Vozes que dançam. É Primavera. |
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With
the Earth's pulsing in the energy of the bodies, Stravinsky awakes in
our memories. And many others, many musics. Sonivorours flowers,
talking birds, murmuring waters. Dancing voices. It's Spring. |
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Abril
será mês de Opus 7. Num jardim de flores sonívoras, as abelhas valsam,
o vento murmura e a chuva canta. As estrelas brilham e cintilam em
caixas de música; os pássaros passam e param sem pressa. Uma borboleta
pousa e diz que esta é a melhor forma de aprender a voar. Um jardineiro
floresce e ensina a sua arte a outros cuidadores de plantas. O projecto
GermInArte entrará numa nova fase criativa e Opus 3, a nova criação da
CMT, começará a germinar. |
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In
a garden of sonorous flowers, the bees waltz, the wind whispers and the
rain sings. The stars shine and twinkle in musical boxes; the birds fly
over and linger a while. A butterfly lands and says that this is the
best way to learn to fly. A gardener blooms and teaches his art to
others so that they may care for the plants. Project GermInarte will
enter in a a new creative phase and Opus 3, CMT´s new creation, will
start germinating. |
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Em
Março a Constelação ZYG continuou a reverberar na Fábrica das Artes,
CCB: houve Performances (para creches e jardins de infância, durante a
semana, para famílias, ao fim de semana) e Variações sobre ZYG, uma
série de acções de formação em forma de reflexão-vivida sobre a
importância das experiências artísticas na primeira infância construída
a partir do universo de ZYG. Na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa
decorreu mais uma iniciativa do GermInArte: fomos à procura dos ecos de
Jardim Interior nas vozes dos que nele participaram. No Cine-Teatro
Alba em Albergaria, Babelim foi recebido com carinho e partilhado com
alegria. Babelim é um termo inventado para designar a forma de
comunicação que precedeu a linguagem. Feita de sons, imagens,
movimentos, falado/cantado/dançado pelas pedras, plantas, animais e
humanos. Perdeu-se com o tempo e com a pressa de nos tornarmos grandes.
Mas os bebés, e as mães, ainda o falam. Assim foi em Albergaria. |
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In
March the ZYG Constellation reverberated at Fábrica das Artes, CCB:
there were Performances (for kindergartens and creches during the week,
for families on weekends) and also Variations on ZYG, a series of
training workshops with the form of “living reflection” about the
importance of artistic experiences in early childhood developed from
the universe of ZYG. At the Calouste Gulbenkian in Lisboa another
initiative of GermInArte took place: we looked for the echoes of Jardim
Interior in the voices of those that participated in it. At the
Cine-Teatro Alba in Albergaria Babelim was received with care and
shared with joy. Babelim is an invented term to denote the way we would
communicate before there was language. It is made of sounds, images,
movements, spoken/sung/danced through the stones, plants, animals and
humans. It was lost in time and in the rush to grow up. But the babies,
and their mothers, they still speak it. That is what happened in
Albergaria. |
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Cada
vez mais encontro no espaço de uma aula ou de um atelier a vivência da
possibilidade de percepção de realidades mais profundas, onde são
trazidas ao mundo coisas que se encontravam “escondidas” na essência do
ser. Às vezes, pouco ou nada sinto que tenha a fazer para além de
facilitar este espaço potencial com amor e de disponibilizar as
ferramentas - o movimento/dança em articulação com o desenho, com a
narrativa, ou com a produção sonora, explorados através de diversas
partituras. Depois é confiar, permitir que a seu tempo surja aquele
instante em que a arte espelha a nossa própria humanidade e até
divindade, o momento em que se torna possível perceber mais sobre quem
somos, que aspirações temos e qual a visão para um futuro mais glorioso.
Teresa Prima, facilitadora de dança e artes expressivas, perfomer e coreógrafa.
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More
and more I find in the classroom or in workshops the space to perceive
deeper realities, where things that were “hidden” in the essence of
being are brought to the world. Sometimes I feel that I don´t need
to do almost anything besides facilitating this potential space with
love and provide the tools - movement/dance in articulation with
drawing, narrative or sound, explored through different scores. Then,
it’s about trusting and allowing time to bring that moment when art
mirrors our own humanity and even divinity, the moment when it becomes
possible to understand more about who we are, what aspirations we have
and what is our vision for a more glorious future.
Teresa Prima, dance and expressive arts facilitator, performer and choreographer.
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Viajar
sem nada. Parar onde fizer sentido. Escutar o lugar. Seguir o rumor dos
passos. Sentir o momento. Brincar com o tempo. Procurar momentos
perfeitos. E pintar de silêncio todos os espaços em volta. Descansar na
ilha. Chamem-lhe Música, se quiserem.
Diário de Opus 3, gestação em dias de Primavera.
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Traveling
just for traveling. To rest when there is a need. Listening to the
soul's place. Sensing life. Time is a player. Searching for perfect
moments. To fill the reminiscent spaces with silence. This is my
island. You might call it Music.
Diary of Opus 3, germinating during Springtime.
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