A arte de não sucumbir ao encerro
Sobre o X Encontro Internacional de Arte para a Infância e Desenvolvimento Social e Humano que teve lugar a 28 e 29 de novembro de 2020 na Fundação Calouste Gulbenkian.
O X Encontro Internacional Arte para a Infância e Desenvolvimento Social e Humano fez- se de resistência e vontade. Entre o virtual e o real, entre a rede e a presença. Fez-se com pessoas e para pessoas, porque o importante é continuar a criar e a pensar. Acima de tudo.
Encontrar-se nestes dias é um ato quase extemporâneo: estamos no meio de uma pandemia, resguardados dentro de casa, e como tal dentro de nós próprios, como conchas. Se saímos, não tocamos em ninguém, ninguém nos toca, os contactos se restringem à palavra, e esta sempre abafada por uma máscara que esconde as emoções e os gestos. Encontrar-se nestes dias é uma dádiva que requer adaptação e flexibilidade como nunca antes.
Por tudo isto, o décimo Encontro Internacional Arte para a Infância e Desenvolvimento Social e Humano, além de um símbolo da persistência que foi necessária para que esta iniciativa se mantenha viva durante uma década, constitui, por força das circunstâncias, um oásis no meio de um deserto. “Este Encontro une-nos, mais do que nunca”, comentou Helena Rodrigues na introdução à sessão, na qual os participantes tiveram a opção de estar lá presencialmente ou de a seguir a partir de casa.
O que trazer para este encontro? O que se traz na bagagem, continuou Helena: pensamentos, palavras, ações que se misturam nesta espécie de “piquenique” onde são partilhadas. A ideia é, como sempre, impulsionar uma inspiração mútua, mas não só. Há também um chamamento de responsabilidade cívica e cultural. Ao acontecer, o Encontro presta contas de um percurso, de um trabalho, de um processo. E reflete sobre as adaptações, os desafios, a que o presente nos obriga.
Uma frase do Professor Agostinho da Silva citada por Helena Rodrigues faz de porta de entrada: “Não tenho planos porque não quero estragar os planos que a vida tem para mim.”
O contágio que salva
Aos 15 anos, Matilde Milhões Maia não se lembra de um mundo sem arte. Nasceu nela. A mãe é uma artista, ilustradora e curadora; o pai dedica-se às artes gráficas. Ambos fundaram a Bichinho do Conto, a primeira livraria especializada em literatura infantil. São livreiros, e Matilde lembra-se do deleite dos pais com o cheiro dos livros, o ato de os tirar das caixas e de os colocar nas estantes. Acompanhou-os a toda a parte, para onde quer que fossem. “Aprendi muito, desenhei muito e conheci seres humanos maravilhosos chamados artistas”, diz Matilde.
Esta é a história de uma adolescente que veio ao Encontro contar a sua experiência com as artes, que se funde com a sua experiência da vida. Como cresceu a absorver criatividade, sabe que os artistas “usam a realidade, transformam-na e devolvem-na como peça de arte”. Os artistas têm a “capacidade extraordinária de mudar os espaços por onde passam e convertem o vazio em algo fantástico”, afirma, acrescentando: “Não são loucos, são corajosos. A arte é necessária ao desenvolvimento porque nos toca e altera. A arte é um contágio que salva.”
Matilde frequenta a Escola Artística António Arroio, em Lisboa. E acredita que os professores têm um “impacto enorme” na vida dos alunos, isto porque “vamos à escola não apenas para aprender coisas, mas para nos conhecermos melhor”. É neste sentido que, questionada sobre que mensagem daria aos jovens que se sentem perdidos ou mais fechados em si mesmos, a estudante responde: “Os adolescentes não são idiotas, não somos desinteressados. Somos pessoas em formação. Temos o problema de ainda estarmos a descobrir quem somos. Não deixem de o fazer. Defendam-se dos estereótipos.”
O som que salva
“Nascer e Renascer na Prematuridade. Histórias de Esperança e Resiliência. Contributo para a Investigação e a Intervenção”. Este era o título da participação de Eduarda Carvalho, psicóloga, musicoterapeuta e investigadora do CESEM, que veio ao Encontro para relatar o que viu e descobriu no projeto de investigação que desde 2016 desenvolve na Maternidade Alfredo da Costa. Por trás do título, porém, há pessoas, gente muito pequenina a combater pela vida. Na assepsia de uma unidade de neonatologia, os afetos encontram o seu caminho.
Como todos, os bebés nascidos antes do tempo têm um passado, o do ventre materno, o primeiro auditório humano, onde se geram as primeiras memórias auditivas e emocionais. É lá que a voz materna começa a ecoar, despertando a capacidade de o feto “ser responsivo”. No fim da gravidez, ele está em perfeita sintonia com a mãe, como o demonstram as alterações de resposta cardíaca e cerebral. De onde vem esta musicalidade comunicativa? Estudos provam que o bebé mostra desde muito cedo intencionalidade de comunicar com o outro – por exemplo, os gémeos realizam movimentos recíprocos a partir das vinte e quatro semanas de gestação. “Não somos imunes à presença do outro”, resume Eduarda Carvalho. A psicoterapeuta recorda que, segundo Colwyn Trevarthen na sua teoria inata da intersubjetividade humana, “o ser humano nasce com predisposição inata para a interação com o parceiro”, não somente captando as suas intervenções, mas também completando a sua mensagem.
O que ocorre quando se nasce antes do tempo? Para responder a esta pergunta, torna-se necessário imaginar o ambiente sonoro em que estes bebés se encontram. Após terem estado meses circundados pelos líquidos e sons maternos, agora um vidro medeia a relação com os pais. Não só não podem ser tocados como estão ligados à vida por meio de aparelhos que emitem sons. Se para o bebé tudo isto se reveste de estranheza, para os pais simboliza uma perda, a perda de uma gravidez e o susto de um nascimento que os torna, a eles, igualmente prematuros. Diz Eduarda Carvalho que os pais aprendem a esperar, que se tornam hipervigilantes e alertas. É que a música, as canções de embalar, “muitas vezes entoadas como cânticos religiosos”, pode trazer-lhes a comunicação que anseiam ter com os filhos.
A ideia é desfocar a hipervigilância e concentrar-se na interação. Aos poucos, chega o dia em que uma janela se abre no casulo de vidro e o bebé pode ser tocado, em que o contacto com um simples dedo funciona como um colo, e em que o colo, finalmente, acontece. É outro nascimento. Inicia-se outra fase do percurso. Nele, o Método Canguru assume um papel essencial. Começou na Colômbia, numa maternidade em que faltavam incubadoras e alguém se lembrou de enfaixar os bebés nas mães, pele contra pele. Não tardaram a aparecer resultados animadores: diminuição do stress e ansiedade parental, autorregulação fisiológica do bebé, melhor qualidade do sono, ganho de peso, maior vinculação e interação, facilidade na amamentação.
Mas a bondade do método aprofunda-se quando aliada ao canto. “Constatei que se lhes for dado espaço e tempo para isso – e cantar pode ser chorar – o canto é um facilitador da orientação do olhar parental dirigido ao bebé”, garante a psicóloga. Enquanto acompanhou os pais, ela própria entoou canções enquanto estes acariciavam o filho e, aos poucos, se uniam ao canto, começavam a murmurar. Os pais “precisam de ser cantados para cantarem”. E o cantar enfatiza o momento presente sobre o susto passado e o que o futuro representa.
Em 36 díades mãe-bebé em posição canguru, foi pedido que a mãe estabelecesse contacto visual e cantasse ou falasse para o bebé durante 15 minutos. No fim, o bebé prematuro mostra uma “musicalidade comunicativa” que o incentiva a ser mais vocal e a manter uma alternância ou sincronização relativamente às pausas da mãe. Houve situações em que o bebé vocalizava por cima do canto da mãe, chegando a coincidir nas notas. Eduarda Carvalho apurou também que “o tempo de latência da resposta vocal do bebé era mais longo na fala do que no canto”, além de que as mães orientam, vocalmente, de forma diferente de acordo com o sexo do bebé.
O amor que salva
“Prematuros”, editado pela Fundação Francisco Manuel dos Santos, é um livro de João Pedro George. Sociólogo e crítico literário, não o escreveu a partir de uma ficção, nem sequer da experiência alheia, como faria um jornalista. Escreveu-o partindo do que aconteceu à filha Carlota, que nasceu aos seis meses de gestação com 650 gramas. O primeiro instinto do pai, conta ele, foi dirigir-se a uma livraria para encontrar bibliografia sobre bebés prematuros. E o que encontrou foi um vazio temático gritante tratando-se de um assunto tão complexo e tão sério. “Isso levou-me a fazer o livro”, confessa.
Na altura a acabar um doutoramento em Madrid, onde vivia com a companheira grávida, tudo se precipitou quando esta deixou de sentir o bebé e teve de ser submetida a uma cesariana de urgência. Carlota tinha um desenvolvimento de 5 meses mas ninguém soube explicar a razão por que isso acontecera. “Para mim, que nunca tinha visto um bebé prematuro ao vivo, foi uma experiência absolutamente singular”, refere João Pedro George, ilustrando o que viu: cabeça como uma laranja, mãos como moedas, “perturbam a percepção que temos do corpo humano, com a agravante de partes do corpo estarem subdesenvolvidas”. Arrancada do ambiente uterino, sujeita de repente à lei da gravidade, Carlota nasceu com derrames cerebrais que anunciavam um “cenário catastrófico” e levavam os médicos a afirmar que a bebé não iria sobreviver. Os pais tiveram de assinar um documento a autorizar que não houvesse “encarniçamento terapêutico”, ou seja, que chegada a altura se permitisse ao corpo seguir o seu curso natural. “Não me esqueço do momento em que assinei”, diz o pai.
Na incubadora, a extrema fragilidade da filha revelou-se a par da sua força, da vontade de viver. E no meio da “montanha russa emocional” e das crises que foram surgindo e sendo ultrapassadas, João Pedro George descobriu que “não são só as mães que cantam, os pais também” o fazem. “Eu cantei, recuperei as minhas músicas de infância”, descreve. De imediato apercebeu-se de que o canto tinha um efeito visível e “muito concreto” na bebé: “A música, o som da voz, a pele com pele, parece que domestica as máquinas.”
Carlota saiu da incubadora passados 4 meses. A plasticidade do cérebro, que faz com que as zonas saudáveis compensem aquelas que o derrame inutilizou (os neurónios conseguem ‘especializar-se’ em funções que não eram as deles), fez com que as sequelas da prematuridade não fossem muito graves. Teve de estar um ano em terapia de oxigénio e praticar uma ginástica atiradora dos reflexos. Hoje tem 12 anos, é uma adolescente como muitas outras que frequentam a escola de Madrid. É mais pequena fisicamente e necessita de tomar diariamente uma hormona para crescer, que está prestes a deixar, pois a vida venceu na vida de Carlota. O pai destaca a importância de um recurso como o Serviço Nacional de Saúde: “Salvar um bebé destes é muito caro, custa entre mil a dois mil euros diariamente. Não fazemos ideia destes valores, e só o Estado pode assegurá-los para toda a população.”
O que vê quem vê
Ver é um ato criativo. É o que defendem Jan Svensson, Leif Hernes e Tona Gulpinar, presentes no Encontro via zoom, para descodificar a performance de “PaPI Opus 8”, pela Companhia de Música Teatral. Se o olhar de quem vê for um olhar informado, como é o caso destes três noruegueses professores da Universidade Metropolitana de Oslo, a apreciação constitui um ato de partilha e de aprendizagem. Jan Svensson, com pesquisas relacionadas com a educação musical multicultural, conta que o que viu lhe suscitou duas perguntas: uma sobre os recursos estéticos utilizados, e outra sobre as competências humanas necessárias.
Na tentativa de responder à primeira, Jan diz ter encontrado várias ferramentas postas em jogo nesta criação, como a repetição, a manipulação da expectativa, a elaboração em constante contraste com a simplificação, e o exagero. Repetir, neste caso, significa mostrar a mesma coisa diversas vezes, o que na linguagem infantil assume grande importância no que toca ao brincar espontâneo das crianças pequenas. Ao mesmo tempo, o espetáculo procura manter a atenção das mesmas, recorrendo ao silêncio na música e à quietude na dança. O par elaboração/simplificação serve para chegar “à essência do que se requer para contar uma história” e o exagero permite ao performer “mover-se como um pássaro”.
Quanto à segunda questão, o docente encontra uma técnica para manter a atenção e a concentração das crianças que passa por recorrer ao inesperado, o nunca visto nem ouvido, suscitando nelas a “habilidade de perceber de onde vem o som ou de seguir o movimento”. A par disto, nota Jan, a performance desperta a capacidade de separar características contrastantes – luz de sombra, clarões de escuro – o que, sendo aparentemente simples, “é desafiante, por exemplo, para as pessoas com deficiência”. A imitação é o “modo básico” de as crianças aprenderem, mesmo os recém-nascidos, e a comunicação simbólica, a linguagem sem palavras, sinais ou sons, apresenta um papel essencial. Por fim, a peça explora o humor e a sensação de desafio, a reciprocidade do artista para com o público e do público entre si.
Leif Hernes, investigador da arte para os mais novos, concretiza enfatizando o “modo como os elementos do brincar das crianças são integrados na obra de forma surpreendente” e o facto de os olhos da performer estarem focados no auditório, para cada pessoa se sentir vista e reconhecida. “Ela joga com a ideia de esconder e revelar. O som acompanha o movimento ou vai contra ele. Trata-se de uma peça coreográfica”, nota. Não é por acaso que Leif e Tona Gulpinar dão importância a este aspeto. Eles próprios estiveram ocupados com o projeto “Handing”, que procurou indagar como o público se pode envolver na performance. Assim, trouxeram ao Encontro a imagem de um jardim de infância em que ambos estão debruçados sobre uma mesa que as crianças também rodeiam, e todos têm as mãos sobre o tampo. A dada altura, todos interagem. “A interação física traz consequências muito fortes”, diz Tona, “significa ter um parceiro igualitário no processo artístico”.
É ela que nos apresenta “Be Extended”, instalação numa galeria de arte contemporânea de Oslo que radica na criação de objetos sem função, “como se fossem extensões do corpo”. Inspirados nas bonecas de trapo, “a criança pode quase vesti-los”. A experimentação teve início com bebés de dois a três anos, mas não se ficou por aí. Os adultos também puderam juntar-se ao improviso, com música de fundo, das mais variadas figuras corporais a surgirem da osmose entre o corpo e o objeto.
A imagem que salva
E porque não é só a palavra que faz parte deste Encontro, cede-se o lugar à imagem. Mais precisamente, ao documentário que Luís Margalhau fez sobre uma performance da peça “Murmuratorium” que a Companhia de Música Teatral realizou na Ribeira Grande, em São Miguel (Açores), em co-produção com a Musiquim.
“Escrevo pouco e filmo muito”, relata o realizador, para quem era importante introduzir o mar como elemento omnipresente do filme. Após muitas horas de imagens, estas são visualizadas e começa o processo de realização propriamente dito – a montagem. Ele não quis falar muito, para que o documentário falasse por si mesmo. “É um filme de gente bonita, com gente bonita e para gente bonita”, sintetiza, acrescentando que terão sido à volta de 300 as crianças que assistiram à performance final.
O filme foi exibido. É belo, sereno, profundo. As crianças explicam o que fazem, como fazem, para quê. Discorrem sobre a natureza, sobre o que não se fez e deve fazer-se para a proteger. Em especial ao mar, esse membro da família de qualquer açoriano, paisagem permanente das ilhas, poderoso gigante de recursos enfraquecidos pelo homem. O mar.
A viagem sem viajar de uma companhia confinada.
“Histórias de superação artística em tempos de pandemia” é um título suficientemente literal para perceber do que se trata. Jorge Graça, saxofonista e doutorando do Grupo de Educação e Desenvolvimento Humano do CESEM, conta que “os planos que tinha foram cancelados devido à pandemia”, mas que isso não significou o seu desaparecimento. “A CMT divide os projetos em constelações artístico-educativas, o que permite uma variedade de formatos”, continua. Com este pressuposto, foi criado “Poemário”, cuja adaptação ao confinamento implicou abandonar a vertente de improvisação para seguir um guião. O resultado foi uma série de poemas audiovisuais – curtas metragens – criados coletivamente a partir de casa.
Daqui partiu-se para um trabalho performativo, a que se chamou “Poemário Vivo”, através do Zoom, respondendo ao “desejo humano de comunicar com alguém que está do lado de lá”, e esbatendo as fronteiras entre público e artista. Neste projeto, “os poemas audiovisuais anteriormente criados foram, de algum modo, incorporados na performance online, em que a música deixa de ser som e passa a ser o tempo passado em comum”.
Neste relato de sobrevivência artística, a denominada ‘formação imersiva’ mudou de formato, na prossecução da tarefa, há anos assumida pela CMT, de “dar às pessoas opções de participar em experiências criativas em conjunto”. E assim aconteceu “ZygZag&Zoom” com os artistas e formadores da Companhia de Música Teatral em residência artística no Teatro Louletano e os formandos nas respetivas casas, via Zoom. Enquanto processo, representou o desafio de utilizar o meio online, aprender o seu alcance e limitações. Mas compensou, pois surgiu como lugar e possibilidade de participar artisticamente após muitos meses de isolamento.
O compositor Paulo Maria Rodrigues destaca, por sua vez, a resistência do projeto “Mil Pássaros” – construção de origamis pelas crianças em escolas e bibliotecas – programado para a Capital Verde Europeia, em Lisboa. Não se fez a instalação ao vivo na Estufa Fria e sim na Loja da Capital Verde, à Praça do Município, onde a instalação é vista de fora e responde à presença de quem passa. No caso de “PaPI Opus 8”, o plano de atuar em bibliotecas teve de ser cancelado, sendo substituído por uma versão online na qual se tentou “ultrapassar a transmissão normal” e interagir com as crianças – e estas chegaram a perguntar se Inês, a performer, era “mágica”.
O que guiou a CMT neste desafio foi “acreditar que é possível continuar”.
As palavras que salvam
Chegava-se ao fim do Encontro. Havia de voltar à terra, a uma terra hoje assolada, que silenciosa, mas firmemente vai emitindo os seus sinais. Havia que impor o canto, de alguma forma, e para isso a brasileira Cecília Valentim participou desde São Paulo. Esta cantora, educadora musical e vocal, e terapeuta somática, fez a sua experiência deslocar-se milhares de quilómetros para empreender uma sessão com a assistência. Tratou-se de um momento meditativo, introspetivo e coletivo em simultâneo, no qual ela instou os presentes a propagar-se, porque “no canto uma palavra é luz e esta vai para além de qualquer fronteira”.
Cantou, acompanhando-se com percussão, e todos a seguimos. E dessa forma modificámos a paisagem. “Que tipo de paisagem é aquela por onde você caminha agora?” – não é a mesma que antes.
Para encerrar, todos colaborámos com uma palavra, uma só, que resumisse o Encontro. Eis o que surgiu:
Liberdade, redescoberta, oxigénio, ovo, mar, sonho, vida, saudade, contemplação, juntos, união, estou aqui, inspirador, instigador, partilha, cumplicidade, único, rigor, contagiante.
Rigor contagiante. Até à próxima, com ou sem pandemia.