A criação artística é a fonte de pulsação da Companhia de Música Teatral (CMT). Partindo da Música e procurando a interação entre várias linguagens e possibilidades de comunicação artística, a CMT tem construído um percurso de descoberta que designa de “desenvolvimento de constelações artístico-educativas”. A matriz filosófica da CMT é marcada pela criação de relações entre arte e educação, e pela articulação entre a investigação académica, a produção artística, a formação, a criação tecnológica, o envolvimento da comunidade e a divulgação da importância da experiência musical e da arte em geral no desenvolvimento social e humano. A CMT tem contribuído de forma decisiva para uma oferta cultural diversificada e abrangente: o repertório da CMT é um caleidoscópio de espetáculos, instalações, “workshops”, projetos de média e longa duração, atividades de formação, publicações em diversos formatos, participação em projetos de investigação e apresentações de âmbito académico nacional e internacional.

A CMT tem contado com o apoio regular da DGArtes, é membro da RESEO (European Network for Opera and Dance Education) e tem apresentado os seus trabalhos em Portugal, Espanha, França, Reino Unido, Áustria, Alemanha, Bélgica, Finlândia, Dinamarca, Polónia, Grécia, Chipre, República Checa, Lituânia, Brasil, Estados Unidos da América, Canadá, África do Sul, Macau, China, Hong-Kong e Tailândia. A CMT colabora com as principais instituições culturais de Portugal e tem apresentado os seus projetos em várias instituições e eventos internacionais prestigiados, mas tem também feito chegar a creches, escolas, IPSSs e à comunidade em geral um conjunto de oportunidades de fruição e formação que contribuem para que a arte esteja ao alcance de todos. Colabora com artistas experientes e também com jovens artistas em início de carreira. Teve o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian para a conceção e desenvolvimento de projetos de longa-duração, colabora regularmente com municípios e universidades.

As origens da CMT radicam no cruzamento dos percursos artísticos e académicos de Helena Rodrigues e Paulo Maria Rodrigues: em 1994 Helena Rodrigues começava a introduzir em Portugal as ideias de Edwin Gordon sobre aprendizagem musical, tendo rapidamente iniciado o seu próprio percurso de trabalho com bebés e crianças e contribuído para a formação de vários profissionais interessados na área; paralelamente, Paulo Maria Rodrigues desenvolvia em Londres projetos com crianças combinando Música, Teatro e Dança. Após uma colaboração frutífera, de que resultaria a apresentação de “O Gato das Notas” na Expo 98, a CMT constitui-se formalmente como cooperativa em 1999 tendo como missão “a conceção de projetos artísticos e educativos em que a Música é ponto de partida para a interação entre várias técnicas e linguagens de comunicação artística dentro de uma estética que vai da música cénica ao “teatro-musical”.