No centro da peça estão as figuras de DJ Moz e VJ Art, um duo verdadeiramente transdisciplinar e atual que se socorre dos vários talentos de uma equipa criativa, e também do público, para criar algo que está algures entre uma peça de música, de teatro e de arte digital.
Além da leitura imediata do espetáculo que se passa em palco (trata-se de uma linguagem musical e visual bastante acessível e comunicativa) A Flauta Quase Mágica tem outras facetas: o público observa todo o processo de criação e participa também nele (é chamado a escolher a forma como a história se desenrola; participa criando som), os heróis da história têm que atravessar espaços interativos, faz-se referência à realidade virtual, a linguagem musical de Mozart é cruzada com referências da música comercial, urbana. O humor e a caricatura são elementos chave, bem como a conjugação de várias linguagens musicais, artísticas e uma forte componente tecnológica. Na continuação da filosofia de trabalho da CMT, A Flauta Quase Mágica é uma peça de Música Teatral dirigida a todas as idades. O ano em que se comemoravam os 250 anos do nascimento de um dos maiores vultos da música ocidental, Wolfgang Amadeus Mozart (2006), foi com certeza um ano de excelência para ouvir a sua obra e para a utilizar como fonte criadora homenageando também assim o mestre.