Bebé Plim-Plim nasceu na sequência de BebéBabá e Andakibebé, obras concebidas pela Companhia de Música Teatral, e que são as primeiras criações cénico-musicais portuguesas dirigidas especificamente a famílias com bebés.
Bebé Plim-Plim começa por acolher famílias com bebés num “workshop” baseado na experiência da CMT em sessões de música com bebés e inspirado em ideias de Edwin Gordon e Colwyn Trevarthen. Dos “germes” do ritmo e da vibração surgem, no dia seguinte, músicas mais elaboradas capazes de envolver toda uma comunidade num espetáculo que é um hino ao desejo de comunicar, presente desde o nascimento.
A música de Bebé Plim-Plim é um “grammelot” feito de vocalizações de bebés tratadas eletronicamente e de variações musicais que passam por Bach, Monk, Schwiters, Balla, gamelão e música tradicional portuguesa, numa sofisticada brincadeira de fonemas, sílabas e rimas. É a primazia da voz enquanto elemento musical e de comunicação. Da mesma forma, o ambiente alvo que acolhe o “workshop” transforma-se, no espetáculo, numa tela onde se pinta com luz e video, e onde se constroem formas mundanas a partir de grandes formas redondas. Os atores/cantores, são seres enigmáticos, divertidos e ternurentos. Falam um “musiquês universal”, a raíz de toda a comunicação, e habitam um espaço imersivo que por vezes se estende ao público.
Em permanente mutação, e de forma abstrata, o cenário leva o público às florestas, ao céu, a um navio, ao fundo do mar, a tantos sítios quantos a imaginação produz a partir das cores e das formas. É a magia do branco, continente de todas as cores. Bebé Plim-Plim engloba, pois, um “workshop” e um espetáculo. São criações artísticas diferentes, mas complementares. O “workshop” é uma experiência para o bebé e um ou dois acompanhantes; o espetáculo é para ele e para aqueles que o querem ver crescer. Para todos, portanto, já que a linguagem artística usada nos leva aos primórdios da interação humana e às raízes da comunicação musical.