“Cyberlieder” é uma peça de música teatral para cantor e “wearable computing”. O figurino tradicional do cantor lírico foi transformado num interface que permite comunicar com um computador e controlar várias transformações do som cantado em tempo real.
Um vocabulário novo emerge, que combina elementos da música clássica/operática com outros mais próximos da poesia sonora e música experimental, bem como um conjunto de ações físicas ou teatrais. A “performance” é um conjunto de momentos que oscilam entre o poético, delicado e o furioso, energético com elementos de humor e absurdo, simultaneamente imprevisível e coerente. O Projeto foi apresentado inicialmente no NIME 2005 em Vancouver e deu origem a publicações académicas. Faz parte duma colaboração regular com Rolf Gehlhaar e Luís Girão, que inclui também o Projeto “UnoDuoTrio”, uma “performance” musical com base em improvisação /composição em tempo real onde predominam os instrumentos eletrónicos originais (como o Sound=Space ou o Multiverse), “found-objects”, instrumentos acústicos processados eletronicamente (flauta e piano) e projecção de imagem.
Zyklus Opus III junta a voz falada, o piano e eletrónica, a percussão e a escultura sonora numa “performance” improvisada a partir do texto de Elvira Santiago, Zyklus Opus II. Uma misceginação de discursos e estéticas divergentes (Paulo Maria Rodrigues, Helena Rodrigues, Elisabeth Davies e João Ricardo de Barros Oliveira) explorando um território de referências a Stockhausen, ao Som e ao Momento.