Em Coimbra os pássaros começaram a despontar no início do ano. Ao longo do primeiro semestre, os pássaros deram asas a educadoras. crianças e famílias em acções muito diversificadas que tiveram lugar no Convento São Francisco e nas 48 salas de Jardins de Infância do Município de Coimbra que participaram no projeto. Uma viagem por experiências artísticas que acreditamos poderem contribuir para construir um Mundo melhor. Educação, fruição e sensibilização são outras palavras que nos vêm à mente quando falamos de TransFormação, a propósito de Mil Pássaros bem como de outros projetos onde procuramos a “afinação de pessoas, pássaros e flores”.

A instalação Mil Pássaros, agora patente no Convento São Francisco, resulta de um processo de partilha. Uma “inúmera mão” de crianças e adultos fez nascer pássaros na ponta dos dedos que agora se juntaram em “murmuração” visual e sonora. Estes pássaros de papel, ou orizuros, feitos de acordo com a arte do origami são, segundo a tradição japonesa, símbolo de paz e felicidade. E, diz-se, os desejos cumprem-se quando se fazem mil. Aos pássaros que nasceram em Coimbra juntaram-se também outros que durante este ano nasceram de outras mãos em Portugal, na Bélgica, Holanda e Inglaterra e fizeram paragem na Moagem, no Fundão e em Tabloo, Dessel (BE). E outros ainda que nos acompanham desde Lisboa e Famalicão e que persistem em querer fazer parte do bando.

A abertura da instalação foi celebrada com histórias de pássaros reais e imaginários, de inúmeras proveniências mas também dos ninhos que ajudámos a construir. E canto de rouxinol.

Mil Pássaros habitará o Convento São Francisco até ao início de Setembro. Deverá sofrer uma metamorfose dentro de algumas semanas para dar a ouvir mais pássaros, mais espaços e ser parte de outras paisagens.