Nos próximos dias 24 e 25 de fevereiro O Céu Por Cima de Cá estará no Teatro Aveirense e também em direto na plataforma Zoom.
No Céu Por Cima de Cá juntam-se nuvens, pássaros e anjos numa deambulação livre num espaço sem limites que é único onde quer que exista já que o céu por cima de cada lugar reflete a paisagem, os sons, as histórias e os desejos desse mesmo lugar e de quem o habita. É por isso que o Céu por cima de Aveiro refletirá o tempo atual, o passado, o espaço e o quotidiano Aveirenses.

Se quiser vir olhar este céu, convidamo-lo a estar connosco (bilhetes aqui). Caso não possa estar connosco fisicamente, poderá sempre estar connosco através de Zoom (inscrições aqui).

Adicionalmente, se está neste momento em Aveiro, se olha para o céu e vê formas e se gostava de fazer parte do processo criativo do espetáculo convidamo-lo a participar nele. A proposta está inscrita no Algoritmo de adição de nuvens ao Céu (abaixo).

Com o desejo de que mantenha a cabeça nas nuvens,
A Companhia de Música Teatral

 

Algoritmo de adição de nuvens ao Céu

Passo Um: 
Abra o coração e ponha-se à escuta; para aditar nuvens ao Céu primeiro é preciso encontrá-las.

Passo Dois: 
Feche os olhos e inspire fundo.
Pense numa nuvem.
Expire enquanto imagina a nuvem a ser empurrada para longe.
Deixe surgir uma outra.
Repita.

Passo Três: 
Olhe para o céu e tente encontrar as nuvens que imaginou no passo anterior.
Caso consiga encontrá-las, passe ao passo seguinte.
Caso aconteça o céu estar limpo e azul ou carregado e cinzento e as nuvens ainda não terem aparecido:
não desanime, nem tente chamar por elas, elas aparecem quando querem, normalmente navegando na brisa;
imagine o céu por cima de si com todas as nuvens que contemplou no passo anterior (montanha, castelo no ar, farrapo, algodão, baleia, dragão, onda do mar e todas as outras de que se conseguiu lembrar);
peça ajuda a uma criança se tiver dificuldade em imaginar: aprender a arte de apanhar nuvens pode precisar dum mestre.
Deverá, nesta altura, ter tudo o que precisa para as apanhar quando chegarem. Mas se as suas nuvens ainda não tiverem aparecido, ou sempre que lhe fizer falta um pouco de céu, volte ao Passo Dois

Passo Quatro: 
Quando as nuvens chegarem procure um pedaço de Terra onde se possa deitar. Leve consigo a criança que ajudou a encontrá-las.
Contemplem.

Passo Cinco: 
Coloque o seu telemóvel no chão apontado-o para céu e comece a gravar. Se puder, use uma aplicação de “time lapse”. As nuvens gostam que o tempo demore a passar. Mas também pode usar qualquer aplicação que grave um vídeo.
Não atenda nem faça chamadas enquanto achar que não viu todas as formas que imaginou.
Lembre-se que pode demorar algum tempo, apanhar nuvens é um ofício de paciência.
Pergunte ao mestre quando tiver dúvidas.
Sempre que achar que sim, volte a deitar-se no pedaço de Terra e repita todo o passo quatro.
Sem pressas, mas com cuidado, ter a cabeça nas nuvens leva frequentemente à poesia. Daí à música é um instante.
Nota: caso não tenha a cabeça suficientemente nas nuvens para ver formas, poesia ou ouvir música quando olha o céu, volte ao passo dois.
Caso contrário, passe ao passo seis.

Passo Seis: 
Quando achar que encontrou as nuvens que procurava coloque-as na Gaveta das Nuvens.

Passo Sete: 
Para as ver a passar no Céu venha ao Teatro Aveirense no dia 24 ou 25 de Fevereiro ver o Céu Por Cima de Cá. Ou então ligue-se a nós através do Zoom.