A Canção da Terra está em fase avançada de gestação. A seguir ao Prelúdio Para Uma Canção da Terra, em Março, no Cine-Teatro Alba, onde partilhamos algumas das ideias de partida, houve uma residência criativa, em Abril, em Aveiro. Experiências, dúvidas, revelações que se desvanecem, outras que continuam a ecoar. Em Julho, no Pianoscópio, actualmente na Academia Internacional para a Música, Artes e Ciência de Marvão, faremos o Segundo Prelúdio Para Uma Canção da Terra.

Será mais um passo importante no processo criativo e uma oportunidade adicional para partilhar os resultados da nossa pesquisa, num formato íntimo e original que convida à escuta profunda dos sons e à entrada em territórios desconhecidos onde a ciência e arte se cruzam. As viagens sonoras do Segundo Prelúdio Para Uma Canção da Terra atravessarão paisagens imaginárias que só a música tem a capacidade de revelar e farão parte da programação do Festival Internacional de Música de Marvão. Mais tarde, em Setembro, estaremos em residência na Casa das Artes em V. N. Famalicão e aí a Canção da Terra adquirirá os seus contornos definitivos. A estreia ocorrerá no Grande Auditório, a 24 de Setembro e em Novembro a Canção da Terra chegará até Lagoa e Albergaria-a-Velha (no Mi- Festival de Música e Criatividade Infantil). A Canção da Terra deverá ser uma obra de raiz musical que deambula pelos territórios da imagem, movimento, palavra e vários outros que  a sua gestação, em curso, nos está a desvendar. À semelhança do que aconteceu com criações recentes da CMT, como Aguário e O Céu Por Cima de Cá, está a ser pensada para o “grande-palco” e para um público que começa a partir das crianças com 6 anos mas que se pretende o mais eclético possível, não só porque o desafio de criar múltiplas leituras nos interessa particularmente, mas também porque “ouvir” a Terra é um assunto que diz respeito a todos. O ponto de partida do processo criativo é a ideia de que o Planeta Terra tem uma “voz” que se expressa de diferentes maneiras e que é muito importante escutar. Exploraremos mitos, poesia, factos científicos e históricos, paisagens sonoras e, obviamente, as referências históricas implícitas no título (a Canção da Terra de Mahler ou Jorge Brum do canto, entre outros). Há uma clara intenção de continuar a trabalhar na “afinação de pessoas, pássaros e flores”, isto é, de trazer para o discurso artístico uma preocupação com a nossa relação com o Mundo que habitamos e que queremos que continue a ser a nossa Casa. Desde NOAH que procuramos nos nossos projetos despertem essa consciência.

 

Ficha técnica

Concepção e Produção Companhia de Música Teatral
Direção artística Paulo Maria Rodrigues
Intérpretes Gustavo Paixão, Jorge Graça, Inês Silva, Mariana Miguel, Mariana Vences
Espaço Cénico Miguel Ferraz e Paulo Maria Rodrigues
Desenho de Luz Élio Moreira
Gestão de Recursos Educativos Helena Rodrigues
Design de Comunicação Mafalda Maia

Agradecimentos
Universidade de Aveiro, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Nova-Lisboa
Co-produção
Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão, Cine-Teatro Alba, Município de Lagoa e Companhia de Música Teatral